O Brasil vive um desmonte ambiental, principalmente quando falamos em políticas ambientais e preservação do meio ambiente. O atual governo é o grande culpado por essa escalada de desmatamento que gera crise econômica e mancha o nome do Brasil no mundo.
As medidas do governo de Jair Bolsonaro tem gerado muitos problemas ambientais e consequentemente econômicos para o país. Investidores estrangeiros estão dispostos a retirar seus investimentos da economia brasileira, devido o desmonte ambiental que o Ministro Ricardo Salles tem implantado.
O tamanho do clarão
Um território seis vezes maior que a cidade de São Paulo foi devastado na Amazônia em apenas um ano, esse é o tamanho do desmatamento no primeiro ano de governo Bolsonaro.
Segundo o Inpe – Instituto Nacional de pesquisas espaciais, o desmatamento na Amazônia cresceu quase 30% entre agosto de 2018 e julho de 2019. Área desmatada no período foi de 9.762 km².
O levantamento realizado é do sistema Prodes – Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite, do governo federal, que é o mais preciso para medir as taxas anuais de desmatamento.

O que propôs o governo?
Em meio ao crescente desmatamento, o Ministério do Meio Ambiente quer reduzir a meta oficial de preservação da Amazônia. A medida demonstra o descompromisso do governo com a preservação ambiental, além do desmonte ambiental que a gestão vem promovendo. São inúmeras medidas e omissões que favoreceram as atividades ilegais na região e que fizeram chegarmos a estes números.

A proposta do Ministro Ricardo Salles enviada ao Ministério da Economia é alterar o Plano Plurianual, que prevê redução de 90% do desmatamento até 2023.
Salles, se propôs a preservar área equivalente apenas a um terço do que foi desmatado entre 2018 e 2019, a proposta é que a nova meta seja proteger 390 mil hectares apenas na floresta amazônica, cerca de 3,9 mil quilômetros quadrados, o equivalente a uma área 2,5 vezes maior que o território da cidade de São Paulo. O documento não cita nada sobre a meta de preservação dos outros biomas, que são essenciais.
A nova área de proteção sugerida pelo ministério parece alta, mas representa apenas um terço da área que foi desmatada na floresta entre agosto de 2018 e julho de 2019, que correspondeu a uma área aproximadamente seis vezes maior que a cidade de São Paulo.
Transparência não é o foco
O que se espera de um ministério da importância do meio ambiente é no mínimo transparência em seus atos e espaço para participação de diversas entidades e camadas da sociedade, pois o meio ambiente é patrimônio do mundo e da sociedade, não de um governo que é passageiro, oxalá.
Na segunda-feira, o Ministério do Meio Ambiente oficializou a retirada de representantes da sociedade civil da Comissão Executiva para Controle do Desmatamento Ilegal e Recuperação da Vegetação Nativa (Conaveg). A medida foi publicada no “Diário Oficial da União”.
A medida que vai na contramão do que se espera de um governo sério, estabeleceu que os membros da comissão serão apenas representantes do governo que, de acordo com o texto, poderão convidar a sociedade civil para reuniões específicas. Integrantes de fora do grupo não terão direito a voto.
“Poderão convidar, para reuniões específicas e sem direito a voto, especialistas, representantes de órgãos e entidades públicas, do setor privado e da sociedade civil”,
texto da portaria publicada em DOU
A medida concentra a tomada de decisões importantes na mão de poucos, que demonstram através de recentes atos, interesses obscuros e pouco sustentáveis, além de minar a participação da sociedade na preservação ambiental.
As entidades civis muitas vezes fazem o papel do governo que se omite quando o assunto é ilegalidades na exploração dos ambientes naturais. A sociedade, ONG’s e entidades civis devem ter voz ativa no tangente, devido sua grande importância para evitar maior desmonte ambiental.
Investidores
Nos últimos meses, se intensificou a pressão de investidores de todo o mundo para que o governo brasileiro assuma compromissos de preservação da Amazônia.
No episódio, o governo e as embaixadas brasileiras em oito países receberam uma carta aberta de um grupo de investidores estrangeiros que gere US$ 3,75 trilhões (cerca de R$ 20 trilhões) em ativos se manifestando sobre o aumento do desmatamento no Brasil, sobretudo na Amazônia.
Os investidores estrangeiros criticaram o governo brasileiro pelo desmantelamento de políticas ambientais e de direitos humanos, e avisaram que poderiam retirar seus investimentos do país, caso o desmonte ambiental não retroceda e a postura do presidente não mude.
Pressão dos investidores aumentou após a famosa reunião ministerial do dia 22 de Abril, em que o ministro do meio ambiente Ricardo Salles falou em passar a boiada. Relembre a fala do ministro:
“Então pra isso precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só se fala de Covid e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas”
Ricardo Salles
Uma proposta anti-democrática e anti ética em nome de um governo impróbido.
Novas epidemias estão por vir
O atual desmonte ambiental pode levar a outras epidemias. Ao analisarmos o surgimento do novo coronavírus, precisamos olhar para um todo.

O surgimento de doenças transmissíveis provenientes de animais surgem conforme o ser humano invade os espaços naturais e os biomas desses vírus. Com as constantes invasões, os vírus que antes viviam apenas no ambiente natural deles, passam a infectar humanos, pois a interação com o ser humano aumenta, aí que surgem as grandes pandemias.
Com o avanço do desmatamento descontrolado na Amazônia, a probabilidade de uma nova Pandemia surgir aumenta drasticamente, já que a Amazônia é um dos biomas mais ricos do mundo e esconde diversas espécies ainda desconhecidas pelo homem. Cenário perigosíssimo, já alertado por diversos cientistas no mundo.
“Nós estamos agredindo a Amazônia. Na Amazônia, tem uma quantidade de vírus imensa. A próxima epidemia, com o nível de agressão que nós estamos fazendo ao meio ambiente, já está a caminho”
Gonçalo Vecina, ex-presidente da Anvisa
Doenças já existentes provenientes da Amazônia voltaram a circular entre os brasileiros, rara e de alta letalidade, a Febre hemorrágica brasileira reapareceu em janeiro deste ano, em São Paulo. O primeiro caso depois de 20 anos.
“Alguns vírus nós já conhecemos. tem um vírus lá, chamado Sabiá, que é um vírus mortal terrível”
Gonçalo Vecina.
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