Ala política do governo quer criar decreto de calamidade para ajudar campanha eleitoral de Bolsonaro.
Membros da ala política do governo Bolsonaro querem decretar calamidade no Brasil. Com o dispositivo, o governo federal poderia criar outros benefícios sociais em ano eleitoral, o que é vedado em situação normal.
Entre as medidas que, na visão dessa ala, seria possível implementar sob situação de calamidade está a criação de subsídios para os combustíveis.
Jogada seria para tentar alavancar a campanha eleitoral de Bolsonaro, mas na verdade seria mais um carimbo da incompetência e da calamidade econômica que o governo enfiou o país.
Com a inflação corroendo o poder de compra das famílias – é esperado que a taxa alcance os 13,25% ao ano; e com a fome assolando 36% da população, segundo pesquisa do Centro de Políticas Sociais do FGV Social, membros do governo avaliam a necessidade de urgência para o decreto.
Aliados avaliam que presidente tem 1 mês para reverter cenário adverso na corrida eleitoral. O tom é de desespero por parte dos aliados, visto que em três anos e meio de governo não se fez o esperado.
A criação de novas políticas sociais seria a última esperança da pré-candidatura de Bolsonaro a reeleição, porém em ano eleitoral é proibido, já que medida seria totalmente de cunho eleitoreiro. Com o decreto de calamidade seria possível criar novos auxílios.
Porém, a situação não é nada animadora para os governistas, já que os auxílios não tem garantido votos ao presidente.
Segundo a última pesquisa Datafolha mais de 59% dos beneficiários do Auxílio Brasil afirmam que vão votar em Lula (PT), mais do que os 20% que afirmam que votarão em Bolsonaro.
O que pensa o jornal?
O atraso do governo e a falta de interesse em solucionar problemas reais da população é nítida. A calamidade já está decretada no país, só Bolsonaro não quer admitir e não faz questão de tal.
O mandatário segue insistindo em pautas inúteis e ideológicas, discursando única e exclusivamente para seu público, que é esmagadora minoria no país.
Com mais de um terço da população em situação de fome, com inflação galopante e com o preço dos combustíveis, dos alimentos e dos produtos exorbitantes, a situação econômica da população é péssima e alarmante.