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Privatizar Petrobras? Me poupe, Bolsonaro!

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Privatizar Petrobras? Com a alta do preço dos combustíveis e com a inflação nas alturas, Bolsonaro usa artifícios para terceirizar incompetência e a bola da vez é a Petrobras.

Totalmente fora da realidade, há cinco meses da eleição e no final de seu mandato, Bolsonaro tenta responsabilizar estatal como vilã de seu péssimo governo e ataca a distribuidora falando em privatiza-la.

Ao exonerar o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que ele mesmo indicou para o cargo, Bolsonaro cria mais um espantalho para tirar a atenção do que realmente importa, a péssima gestão de seu governo.

O novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida é apenas mais um fantoche do jogo de criar cortina de fumaça que Bolsonaro tanto usa. Essa jogada serve apenas para tentar reduzir seu desgaste eleitoral.

Como novo fantoche, Sachsida foi incumbido de criar fatos para tirar do radar o péssimo momento econômico do país, e privatizar a Petrobras é a fumaça da vez.

Falar em privatização da estatal é mero jogo eleitoral. Há cinco meses das eleições e no final de seu mandato é impossível, irresponsável e inviável falar em um projeto do tamanho da Petrobras.

O problema do alto preço dos combustíveis não está no fato da Petrobras ser estatal ou privada, mas sim na política de preços que os próprios liberais implantaram na empresa.

A política de preços hoje é atrelada ao dólar e ao preço do barril de petróleo no mercado internacional; Dólar, que hoje frente ao real é absurdamente mais valorizado, graças a desvalorização da moeda brasileira, uma das mais desvalorizadas do mundo, fruto da péssima administração do governo Bolsonaro e Paulo Guedes, que anda bem sumido e desacreditado. Não por menos.

Ao atrelar o preço dos combustíveis ao dólar, os lucros da empresa se tornaram absurdos, pois essa visão de administração tem como foco o mercado de acionistas. A Petrobras (PETR3; PETR4) reportou R$ 44,5 bilhões de lucro no primeiro trimestre de 2022, o que representa uma alta de 3.718% em relação ao mesmo período do ano passado.

Porém, o consumidor brasileiro, que ganha em real e compra em real, vive em uma economia inversa e precária. A cada dia que passa tem seu poder de compra corroído pela inflação – nos últimos 12 meses, de 12,13% – e pelo desemprego. A taxa média de desemprego no Brasil em 2021 foi de 13,2%, contra 13,8% em 2020, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Falar em privatização como solução para tudo é muito raso para um governo. Soa mediocridade.

Enquanto Bolsonaro grita aos quatro ventos que o problema não é dele, sempre dos outros, vemos emendas bilionárias e secretas, nova modalidade que surgiu no atual governo, sendo usadas para fins duvidosos e eleitoreiros. A nova maneira de corrupção é o secreto.

É preciso um governo que tenha projeto e que repense as políticas de preços praticados no país e que visem a melhora do poder de consumo e qualidade de vida da população brasileira. Projetos que olhem para o mercado interno.

É de extrema urgência um governo hábil para isso, coisa que não temos. Dias difíceis, mas que passarão. Oxalá.

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