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Vacina de Oxford será testada no Brasil

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Conforme publicado em Diário Oficial da União nesta terça-feira (2), o Brasil entrou na lista dos países que serão inclusos para testagem de uma nova vacina contra Covid19, que está em desenvolvimento pela Universidade britânica de Oxford.

Essa vacina foi listada como uma das candidatas mais promissoras entre as 70 vacinas desenvolvidas pelo mundo e está entre os seis dos 110 mais promissores estudos no mundo.  A articulação para a vinda dos testes ao Brasil contou com a liderança da Professora Doutora Sue Ann Costa Clemens, diretora do Instituto para a Saúde Global da Universidade de Siena e pesquisadora brasileira especialista em doenças infecciosas e prevenção por vacinas, investigadora do estudo.

O Ministério da Saúde, por intermédio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), fechou um acordo para que o Brasil participasse dessa terceira fase de testes que visa vacinar cerca de dez mil pessoas. No Brasil, hoje epicentro da doença, serão dois mil voluntários nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Em São Paulo, os testes serão conduzidos pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com viabilização financeira da Fundação Lemann no custeio de toda infraestrutura e equipamentos. Em São Paulo serão testados mil voluntários que trabalham na linha frente no combate ao Coronavírus e que sejam soronegativos— ou seja, que não estão com a doença. Já no Rio de Janeiro outras mil pessoas farão parte dos testes, dentro dos mesmos quesitos.

O estudo randomizado, aplicará a vacina com o composto na metade dos participantes e na outra metade será aplicada uma vacina com placebo. A fase de teste avaliará eficácia e a segurança da vacina, já que ensaios clínicos realizados na Inglaterra se mostraram seguros.

Vacina de Oxford será testada no Brasil
📷Reuters – 26.05.2020

Segundo Dra. Lily Yin Weckx, investigadora principal do estudo e coordenadora do CRIE-Unifesp, “o mais importante é realizar essa etapa do estudo agora, quando a curva epidemiológica ainda é ascendente e os resultados poderão ser mais assertivos.”

O diretor executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne, afirma que “inserir o Brasil no panorama de vacinas contra a covid-19 é um marco importante para nós, brasileiros, e acredito que poderemos acelerar soluções que tragam bons resultados e rápidos. Para a Fundação Lemann esta é mais uma importante oportunidade de contribuir em iniciativas de grande impacto para o nosso país e sua gente.”

A participação do Brasil nesse estudo se torna de grande importância, pois esse convênio
com Instituto Jenner de Oxford, facilitaria a produção da vacina no país caso sua eficácia
seja comprovada, visto que haveria uma grande demanda mundial pela vacina.


Quando ficaria pronta a vacina?

O professor de Medicina da universidade de Oxford, Sir John Bell, afirmou que se as etapas continuarem a dar certo, o governo britânico aprovaria a vacina no começo de setembro; a Agência Europeia de Medicamentos se mostrou cética quanto a este prazo, já que o desenvolvimento e o licenciamento desse tipo de medicamento leva mais tempo, e, no cenário mais otimista, segundo o órgão, isso aconteceria no prazo de um ano.

Estamos vendo uma pequena luz no fim do túnel e parece que não é o trem.

O Jornal Analítico

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1 comentário
  1. […] em série, que serão feitos com uma promissora vacina desenvolvida pela universidade de Oxford (https://ojornalanalitico.com/2020/06/03/vacina-de-oxford-sera-testada-no-brasil/) , em meados de setembro, aqui no Brasil. O ministério da Saúde, por intermédio da ANVISA fechou […]

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