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Trump incita fanáticos em torno de Capitólio e tenta golpe nos EUA

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Donald Trump incita fanáticos em uma tentativa de golpe à democracia americana e apoiadores invadem o Capitólio durante processo de certificação de Joe Biden como presidente dos EUA.

Um grupo de apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invadiu nesta quarta-feira (6) o Capitólio, sede do Congresso americano em Washington, durante a contagem oficial dos votos do Colégio Eleitoral definidos nas eleições presidenciais de novembro. Os invasores queriam impedir a confirmação da vitória de Joe Biden.

Momentos antes da sessão no Congresso, Trump disse a uma multidão de apoiadores em Washington que não aceitaria a derrota nas eleições presidenciais de novembro. Ele incitou as pessoas a rumarem em direção ao Capitólio, dizendo que iria acompanhá-las – no entanto, não foi visto na marcha.

Parlamentares e jornalistas que estavam no Congresso relataram tiros dentro do prédio. Segundo a polícia de Washington, quatro pessoas morreram durante a invasão. A sessão para certificar a vitória de Biden foi retomada na noite desta quarta.

Trump incita fanáticos
Police hold back supporters of US President Donald Trump as they gather outside the US Capitol’s Rotunda on January 6, 2021, in Washington, DC. – Demonstrators breeched security and entered the Capitol as Congress debated the a 2020 presidential election Electoral Vote Certification. (Photo by Olivier DOULIERY / AFP)

Entenda o processo de confirmação das eleições americanas

A sessão conjunta no Congresso dos EUA desta quarta para certificar a vitória de Biden é, costumeiramente, uma formalidade na qual os votos do Colégio Eleitoral são apenas contados pelo vice-presidente diante dos parlamentares das duas casas.

Na sessão, é permitido que parlamentares apresentem objeções — ou seja, questionamentos — sobre os resultados nos estados.

A invasão do local pelos apoiadores de Trump ocorreu justamente enquanto Câmara e Senado debatiam se acatavam ou não uma objeção aos resultados do Arizona — tradicional reduto republicano vencido por Biden na eleição de novembro.

Senadores e deputados foram retirados do local da sessão e levados a uma área segura do prédio. O vice-presidente Mike Pence, que presidia a sessão no Congresso, foi retirado do Capitólio. Houve vandalismo, uma porta de vidro foi quebrada e gás lacrimogênio foi disparado pela polícia – guardas ficaram feridos.

A prefeita de Washington decretou toque de recolher na capital americana.

Militares da Guarda Nacional foram acionados para reforçar a segurança do Capitólio. De acordo com o Pentágono, serão cerca de 1,1 mil soldados enviados a Washington.

Trump faz discurso, insiste que não aceitará derrota e incita marcha até o Capitólio

Momentos antes da sessão no Congresso que iria certificar a vitória de Joe Biden, Trump disse a uma multidão em Washington que não aceitaria a derrota.

“Eu estarei com vocês. Vamos andar até o Capitólio e felicitar nossos bravos senadores e congressistas”, disse no discurso no Ellipse, parque perto da Casa Branca. Ele, porém, não foi visto na marcha. “Nós vamos parar com o roubo [das eleições]”, insistiu..

Além disso, Trump voltou a pressionar o vice-presidente Mike Pence, que presidiria a sessão no Congresso, para que não certificasse a vitória de Biden — essa ação não encontra fundamento constitucional.

“Espero que Mike faça a coisa certa. Se ele fizer, venceremos a eleição”

Donald Trump
Trump incita fanáticos

Mike Pence se nega a tentar mudar resultado das eleições

Já durante a sessão no Congresso, Pence e o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, rejeitaram mudar o resultado das eleições presidenciais.

Parlamentares podem contestar o resultado dos estados e levar a rejeição dos votos aos plenários — mas a tentativa de reversão do resultado era bastante improvável porque os democratas são majoritários na Câmara e e tentativa de mudar o resultado da eleição encontrou resistência até entre senadores e deputados republicanos.

Em comunicado, Pence afirmou que não tem poder para mudar o resultado e admitiu que tinha papel apenas “cerimonial” na sessão. “Meu juramento em defender e apoiar a Constituição me impede de proclamar uma autoridade unilateral para determinar quais votos devem ser contados e quais não devem ser”, afirmou o vice-presidente dos EUA.

Já McConnell, que foi um dos principais escudeiros do governo Trump no Congresso, disse no Senado: “Nós [parlamentares] não podemos simplesmente nos declarar um júri eleitoral com esteroides. Os eleitores, os tribunais e os estados todos falaram. Todos falaram. Se passarmos por cima, vamos danificar nossa República para sempre”.

E completou: “A eleição não foi nem apertada, na verdade”, completou o líder republicano. Pelo Colégio Eleitoral, Biden venceu Trump por 306 votos a 232

Joe Biden é firme em sua fala

Em um pronunciamento, o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que os acontecimentos desta quarta “não refletem a verdadeira América e não representam quem nós somos”. Ele pediu a Trump que fosse à TV e ordenasse que os invasores saíssem do Capitólio.

“A esta hora, nossa democracia está sob um ataque sem precedentes. Diferente de tudo que vimos nos tempos modernos. Um ataque à cidadela da liberdade, o próprio Capitólio. Um ataque aos representantes do povo e à polícia do Capitólio, que jurou protegê-los. E os funcionários públicos que trabalham no coração de nossa República”

Joe Biden, presidente eleito

“O que estamos vendo é um pequeno número de extremistas dedicados à ilegalidade. Esta desordem, esse caos – isso tem de acabar, agora.” – Completou Joe Biden, presidente americano, eleito.

O que pensa o Jornal

É de suma importância olharmos com olhos desconfiados ao que aconteceu nesta quarta sombria nos EUA. Donald Trump durante todo seu governo fez papel antidemocrático e sem provas questionou e colocou em duvida o processo eleitoral e democrático norte americano.

Seu aprendiz tupiniquim, Jair Bolsonaro, já iniciou esse mesmo processo aqui no Brasil. Por diversas vezes questionou os resultados da eleição em que foi eleito, parece loucura e é, mas Bolsonaro fez. Vez em quando solta aqui e acolá para seus apoiadores (mesmo perfil de seguidores de Trump) que o voto impresso tem que voltar e que a urna eletrônica não é segura e que houve fraude nas eleições.

Bolsonaro cria em seus fanáticos a dúvida de algo que comprovadamente é seguro e eficaz, a urna eletrônica, por exemplo. E PASMEM, faz isso inclusive com a vacina que irá salvar o país da morte e da crise econômica. Jair gosta do cheiro da morte, do caos e segue seu plano de criar no país um clima hostil.

Bolsonaro não tem capacidade de governar e de ser presidente. O Brasil necessita de liderança competente que una a nação. O senhor que ocupa o cargo não apresenta esses requisitos e não gosta de trabalho. Bolsonaro não trabalha, vive de terceirização de culpas.

Além de demonstrar diuturnamente sua incompetência, não trabalha. O brasileiro que votou em Bolsonaro descobriu o estelionato eleitoral.

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