Trump incita fanáticos em torno de Capitólio e tenta golpe nos EUA
Donald Trump incita fanáticos em uma tentativa de golpe à democracia americana e apoiadores invadem o Capitólio durante processo de certificação de Joe Biden como presidente dos EUA.
Um grupo de apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invadiu nesta quarta-feira (6) o Capitólio, sede do Congresso americano em Washington, durante a contagem oficial dos votos do Colégio Eleitoral definidos nas eleições presidenciais de novembro. Os invasores queriam impedir a confirmação da vitória de Joe Biden.
Momentos antes da sessão no Congresso, Trump disse a uma multidão de apoiadores em Washington que não aceitaria a derrota nas eleições presidenciais de novembro. Ele incitou as pessoas a rumarem em direção ao Capitólio, dizendo que iria acompanhá-las – no entanto, não foi visto na marcha.
Parlamentares e jornalistas que estavam no Congresso relataram tiros dentro do prédio. Segundo a polícia de Washington, quatro pessoas morreram durante a invasão. A sessão para certificar a vitória de Biden foi retomada na noite desta quarta.

PUBLICIDADE
Entenda o processo de confirmação das eleições americanas
A sessão conjunta no Congresso dos EUA desta quarta para certificar a vitória de Biden é, costumeiramente, uma formalidade na qual os votos do Colégio Eleitoral são apenas contados pelo vice-presidente diante dos parlamentares das duas casas.
Na sessão, é permitido que parlamentares apresentem objeções — ou seja, questionamentos — sobre os resultados nos estados.
A invasão do local pelos apoiadores de Trump ocorreu justamente enquanto Câmara e Senado debatiam se acatavam ou não uma objeção aos resultados do Arizona — tradicional reduto republicano vencido por Biden na eleição de novembro.
Senadores e deputados foram retirados do local da sessão e levados a uma área segura do prédio. O vice-presidente Mike Pence, que presidia a sessão no Congresso, foi retirado do Capitólio. Houve vandalismo, uma porta de vidro foi quebrada e gás lacrimogênio foi disparado pela polícia – guardas ficaram feridos.
A prefeita de Washington decretou toque de recolher na capital americana.
Militares da Guarda Nacional foram acionados para reforçar a segurança do Capitólio. De acordo com o Pentágono, serão cerca de 1,1 mil soldados enviados a Washington.
Trump faz discurso, insiste que não aceitará derrota e incita marcha até o Capitólio
Momentos antes da sessão no Congresso que iria certificar a vitória de Joe Biden, Trump disse a uma multidão em Washington que não aceitaria a derrota.
“Eu estarei com vocês. Vamos andar até o Capitólio e felicitar nossos bravos senadores e congressistas”, disse no discurso no Ellipse, parque perto da Casa Branca. Ele, porém, não foi visto na marcha. “Nós vamos parar com o roubo [das eleições]”, insistiu..

Além disso, Trump voltou a pressionar o vice-presidente Mike Pence, que presidiria a sessão no Congresso, para que não certificasse a vitória de Biden — essa ação não encontra fundamento constitucional.
“Espero que Mike faça a coisa certa. Se ele fizer, venceremos a eleição”
Donald Trump

Mike Pence se nega a tentar mudar resultado das eleições
Já durante a sessão no Congresso, Pence e o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, rejeitaram mudar o resultado das eleições presidenciais.
Parlamentares podem contestar o resultado dos estados e levar a rejeição dos votos aos plenários — mas a tentativa de reversão do resultado era bastante improvável porque os democratas são majoritários na Câmara e e tentativa de mudar o resultado da eleição encontrou resistência até entre senadores e deputados republicanos.
Em comunicado, Pence afirmou que não tem poder para mudar o resultado e admitiu que tinha papel apenas “cerimonial” na sessão. “Meu juramento em defender e apoiar a Constituição me impede de proclamar uma autoridade unilateral para determinar quais votos devem ser contados e quais não devem ser”, afirmou o vice-presidente dos EUA.
Já McConnell, que foi um dos principais escudeiros do governo Trump no Congresso, disse no Senado: “Nós [parlamentares] não podemos simplesmente nos declarar um júri eleitoral com esteroides. Os eleitores, os tribunais e os estados todos falaram. Todos falaram. Se passarmos por cima, vamos danificar nossa República para sempre”.
E completou: “A eleição não foi nem apertada, na verdade”, completou o líder republicano. Pelo Colégio Eleitoral, Biden venceu Trump por 306 votos a 232
Joe Biden é firme em sua fala
Em um pronunciamento, o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que os acontecimentos desta quarta “não refletem a verdadeira América e não representam quem nós somos”. Ele pediu a Trump que fosse à TV e ordenasse que os invasores saíssem do Capitólio.
“A esta hora, nossa democracia está sob um ataque sem precedentes. Diferente de tudo que vimos nos tempos modernos. Um ataque à cidadela da liberdade, o próprio Capitólio. Um ataque aos representantes do povo e à polícia do Capitólio, que jurou protegê-los. E os funcionários públicos que trabalham no coração de nossa República”
Joe Biden, presidente eleito
“O que estamos vendo é um pequeno número de extremistas dedicados à ilegalidade. Esta desordem, esse caos – isso tem de acabar, agora.” – Completou Joe Biden, presidente americano, eleito.

O que pensa o Jornal
É de suma importância olharmos com olhos desconfiados ao que aconteceu nesta quarta sombria nos EUA. Donald Trump durante todo seu governo fez papel antidemocrático e sem provas questionou e colocou em duvida o processo eleitoral e democrático norte americano.
Seu aprendiz tupiniquim, Jair Bolsonaro, já iniciou esse mesmo processo aqui no Brasil. Por diversas vezes questionou os resultados da eleição em que foi eleito, parece loucura e é, mas Bolsonaro fez. Vez em quando solta aqui e acolá para seus apoiadores (mesmo perfil de seguidores de Trump) que o voto impresso tem que voltar e que a urna eletrônica não é segura e que houve fraude nas eleições.
Bolsonaro cria em seus fanáticos a dúvida de algo que comprovadamente é seguro e eficaz, a urna eletrônica, por exemplo. E PASMEM, faz isso inclusive com a vacina que irá salvar o país da morte e da crise econômica. Jair gosta do cheiro da morte, do caos e segue seu plano de criar no país um clima hostil.
Bolsonaro não tem capacidade de governar e de ser presidente. O Brasil necessita de liderança competente que una a nação. O senhor que ocupa o cargo não apresenta esses requisitos e não gosta de trabalho. Bolsonaro não trabalha, vive de terceirização de culpas.
Além de demonstrar diuturnamente sua incompetência, não trabalha. O brasileiro que votou em Bolsonaro descobriu o estelionato eleitoral.
PUBLICIDADE