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Número de sem tetos cresce e país vive caos social

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Número de desabrigados explode no país. Em São Paulo, quantidade cresceu 31% durante a pandemia.

O Brasil sempre foi um país recheado de desigualdades sociais e com baixos níveis de desenvolvimento humano.

Porém, as recentes políticas públicas adotadas por governos ditos liberais pouco se importaram com a qualidade de vida da população.

Em nome de políticas econômicas questionáveis, direitos foram jogados na lata do lixo, reformas de caráteres duvidosos foram impostas e a qualidade do emprego, da moradia e do bem estar social despencou no Brasil.

Um dado recente do censo da população de rua, da prefeitura de São Paulo demonstra o descaso com a população carente que sofre com a falta de moradia. O número de desabrigados só na cidade de São Paulo dobrou desde 2015.

Em 2021, segundo a gestão Ricardo Nunes (MDB), havia 31.884 pessoas sem-teto na cidade, são 7.540 a mais do que o registrado em 2019, quando eram 24.344 nessa situação.

Em relação a 2015, quando havia 15.905 moradores de rua, o número dobrou.

O levantamento, feito entre outubro e dezembro de 2021, ainda indica uma mudança do perfil daqueles que não têm um lar. O número de famílias que foram morar nas ruas quase dobrou durante a pandemia.

Dos 31.884 moradores de rua, 28% afirmaram viver com ao menos um familiar, somando 8.927 pessoas. Em 2019, esse percentual era de 20%, alcançando 4.868.

Parte do problema de moradia é a política pública adotada. A prefeitura informa que irá ampliar o número de centros de acolhimento, mas grande parte dos desabrigados, cerca de 52% dos entrevistados, dizem preferir continuar na rua do que migrar para os centros de acolhimento.

A demanda dessa população não é por centro de acolhimento, mas sim por moradia. Sem um lugar para morar, essas pessoas não conseguem romper o ciclo porque não encontram emprego. A política de abrigamento embora emergencial e necessária, não é solução.

Quanto mais tempo a pessoa passa na rua, menores são as chances de conseguir recuperar a autonomia e retomar a vida com dignidade.

O que gerou a perca no poder econômico da população?

A crise econômica, o desemprego, a inflação, a falta de políticas efetivas para criação de empregos dignos e de moradias gerou essa explosão de desabrigados. Os dados são da cidade de São Paulo, mas que refletem o Brasil como um todo.

As recentes reformas trabalhistas e previdenciárias empurradas goela abaixo não foram benéficas. Era falso o discurso de que flexibilizando o mercado de trabalho haveria um aumento nos postos de trabalho. O que ocorreu foi a deterioração do emprego e o surgimento de sub empregos, frutos da informalidade imposta pelo novo mercado.

Na contramão, vimos o significativo aumento na conta bancária dos já afortunados. O número de super ricos no país saltou 44%. Eram 45 em 2020, e em 2021 número chegou a 65. Juntos, eles detêm 219,1 bilhões de dólares.

O mais assustador e que escancara o viés das políticas econômicas atuais é que houve um crescimento de 5 trilhões de dólares no montante acumulado pelos super ricos, apenas na pandemia.

É urgente a necessidade de mudança no pensamento de política no Brasil. Hoje, o direito básico é preterido em nome de benefícios fiscais à bilionários, conglomerados e grandes empresas.

O Brasil retrocedeu e para tirar essa conclusão, basta observar.

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