O depoimento de Roberto Dias terminou em prisão. Omar Aziz dá voz de prisão e Roberto Dias é detido na CPI da Covid.
O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), determinou nesta quarta-feira (7) a prisão do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias. Segundo Aziz, a decisão foi tomada porque Dias mentiu e cometeu perjúrio, isto é, violou o juramento de falar de verdade.
Durante depoimento tenso na CPI da Covid, Roberto Dias foi preso por mentir durante depoimento. O presidente da CPI, Omar Aziz deu voz de prisão ao depoente após áudios que provam encontro premeditado com vendedor de vacinas, negado pelo depoente.
O ex-diretor de logística do ministério da Saúde, Roberto Dias alegou durante depoimento ter encontrado por acaso o PM e vendedor Luis Dominghetti. Desmentido por áudios revelados, Dias teve sua prisão decretada em plena sessão.
O ponto que gerou o pedido de prisão é o encontro onde teria acontecido o suposto pedido de propina. Dias afirmou à CPI que estava no restaurante com um amigo e Dominghetti apareceu, levado pelo coronel Blanco, assessor de Logística do ministério. Dias disse que não tinha nada marcado com Dominghetti e Blanco. Segundo ele, o encontro foi “incidental”.
A Senadora Eliziane Gama pontuou que “tem áudio do Dominguetti afirmando dois dias antes que vai se encontrar com o Roberto Dias em um shopping. “É adivinhar demais”, afirma.
Omar Aziz, presidente da CPI, afirmou que Roberto Dias omitiu informações da CPI e elaborou um “dossiê para se proteger”. “A paciência de todo mundo tem limite. Te botaram numa encrenca tão grande, e não foi você que entrou. Alguém te botou nessa encrenca, e você não está querendo falar para a CPI”, afirmou Omar Aziz ao ex-diretor.
“Chame a polícia do Senado. O senhor está detido pela presidência da CPI”
Omar Aziz a Roberto Dias
A decisão de Aziz provocou reação da advogada de Roberto Dias. Ela afirmou que a prisão é um “absurdo” e que o ex-diretor deu “contribuições valiosíssimas” para a comissão.
A advogada ainda questionou se Roberto Dias continuaria na condição de testemunha ou se havia passado à condição de investigado. “Se estiver na condição de investigado, eu vou orientar que ele permaneça em silêncio”, declarou a responsável pela defesa do ex-diretor.