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Os fatos e os atos contradizem as promessas do Governo.

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Hoje, terça-feira (19),  Bolsonaro sancionou com vetos uma linha de crédito para micro e pequenas empresas que empregam grande parte da população no país.

Os fatos e os atos contradizem as promessas do Governo.
Foto retirada do portal G1

A lei estabelece o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O objetivo é ajudar os empreendedores a lidar com os impactos da crise causada pela pandemia de coronavírus. O projeto vai conceder cerca de R$16 bilhoes em créditos para os micro e pequenos empresários. O projeto está destinado às:

  • Microempresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano; e
  • Pequenas empresas com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões

Bacana não é? Bom, vamos nos atentar aos fatos, atos e a realidade.

O projeto já estava pronto e aguardando sanção presidencial desde Abril e apenas hoje, terça-feira (19), o presidente sancionou. Com vetos. Micro e pequenos empresários que estão a dois meses parados necessitam urgentemente desse auxílio para não quebrarem. O dinheiro poderá ser usado para pagar salário dos funcionários ou para o capital de giro, como despesas de água, luz, aluguel, reposição de estoque, entre outras. 

Já notamos a lentidão em aprovar tal ajuda. Além de tudo, o auxílio não chegará tão rápido assim aos que solicitarem, pois precisa passar por análise do Congresso que pode manter ou derrubar os vetos de Bolsonaro. 

Quais foram os vetos do presidente?

Bolsonaro vetou a carência de oito meses para o pagamento do empréstimo. O presidente também vetou a prorrogação, por 180 dias, dos prazos para pagamento de parcelamentos da Receita Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Vamos entender como fica a situação do empresário com os vetos presidenciais?

O empresário que está parado e sem fluxo de dinheiro, não tem como pagar suas contas já existentes e acumuladas. Ele desesperado recorre ao tal empréstimo hoje, por exemplo, e no mês que vem já terá que pagar a primeira parcela. Oras, para quem está parado a dois meses é impossível retomar seus negócios e no primeiro mês já ter que pagar suas despesas pendentes e um empréstimo. É falácia a tal defesa da economia que o presidente tanto prega para defender o fim do isolamento que é essencial. O presidente e sua equipe econômica com seu liberalismo dificultam ainda mais a vida do empresário e do brasileiro.

Parece que tudo é para forçar o fim do isolamento social (extremamente necessário). Agindo dessa forma o presidente força as pessoas a se lançarem contra o vírus e realizar sua satisfação pessoal , reabrir tudo e quanto menos Estado, melhor. O fracasso do Brasil no combate ao Coronavírus é forçado e reforçado diariamente pelo presidente. Já chegamos a 3° lugar no ranking mundial de contaminados e temos a triste marca de mais de 16mil mortos.

Governo fala, mas não faz acontecer e dinheiro não chega á ponta.

Desde o início da crise do coronavírus, o governo já anunciou algumas modalidades de apoio financeiro a pequenos negócios, os mais prejudicados pela crise. Porém, o dinheiro ainda não chegou á ponta, os empresários. Onde está a ajuda??

Veja tamanho absurdo e fracasso da tal “ajuda”. Apenas 4% dos recursos chegaram aos pequenos negociantes. O BNDES calcula que o dinheiro serviu para pagar os salários de um milhão de trabalhadores, mas muito mais trabalhadores ficaram sem a assistência.

Segundo o Ministério da Economia afirma, cerca de 77 mil empresas conseguiram aprovação para ter acesso ao crédito.

“Uau, baita programa. Tá vendo? O governo ajuda sim o empresário, quem falou que o governo não subsidia as pequenas empresas e ajuda a manter as pessoas em casa para proteger contra o vírus?” Diria um bolsonaristas qualquer… lunático.

Porém, vamos analisar o cenário num total e na realidade?

Segundo o Sebrae, o Brasil tem 17 milhões de pequenos negócios. Desses, quase 7 milhões procuraram crédito no período. Porém, mais da metade delas não conseguiu o dinheiro, e 28% estão aguardando a liberação do banco. Um absurdo num momento de crise e necessidades.

Apesar do governo alegar que a linha de crédito terá baixa taxa de juros, seguindo a taxa Selic atual de 3%, acrescida de 1,25% anual, pois o empréstimo será proveniente do tesouro direto nacional. Os vetos do presidente no projeto e a falta de celeridade na sanção e na aplicação efetiva do dinheiro—fazendo com que o auxílio chegue de fato na mão do empresário— prejudicam e muito a economia. Os empresários nao conseguem esperar mais para receber esse auxílio.

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O Fracasso e a inércia do Governo, segundo economistas.

Para diversos economistas e analistas as medidas anunciadas pelo governo para minimizar os impactos econômicos provocados pela pandemia são insuficientes, falhas e não estão chegando a todos que precisam.

“ As ações do governo são medíocres diante do que a gente precisa. O governo ainda vive uma dificuldade ideológica e não entendeu a gravidade da pandemia e do papel do Estado numa situação como essa […] Realmente, muitas empresas e pessoas vão morrer, mas não é por causa do fechamento da economia, nem do lockdown. É pela absoluta incapacidade de execução de medidas tanto de saúde como de crédito”, diz o economista Carlos Honorato, consultor econômico e professor da Fundação Instituto Administração (FIA) e Saint Paul

Existe uma dualidade entre o que de fato acontece e o discurso e falas do presidente. Falácias, melhor dizendo. O governo é tímido no combate e evita ao máximo utilizar o Estado no combate a Pandemia. A intervenção do Estado é essencial num momento desses.

“Acho que está muito tímido ainda o que o governo tem feito em relação à pandemia. Ao me ver, o BNDES está completamente parado, e é uma ferramenta poderosíssima que poderia ser usada. Eles anunciaram algumas medidas, mas ainda é muito pouco perto do poder de fogo do orçamento do BNDES”, avalia Paulo Gala, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e diretor-geral da Fator Administração de Recursos.

“Sem as medidas eficazes que combatam a queda na renda, as pessoas se sentem poucos estimuladas a permanecer em casa, o que dificulta ainda mais o controle da pandemia e adia a reabertura da economia. Não é o isolamento social que causa a crise econômica. Quem causa a crise econômica é a pandemia. Existe um falso dilema entre solução econômica versus solução de saúde. Fazer o dinheiro chegar na ponta é o que pode ajudar no combate da crise econômica”, diz Renato Meirelles, diretor do instituto Locomotiva.

Fracasso na saúde, fracasso na economia!

Que desgoverno, que falta de gerenciamento, falta de competência, falta de prioridade e foco. Enquanto a saúde entra em colapso, a economia se deteriora; o presidente recebe sua claque diariamente, faz flexão com paraquedistas em manifestação anti-democrática, vai á estande de tiro, anda de jetski, fala em churrascos, volta ás suas origens e entrega bilhões em cargos para o centrão, é investigado por interferência na PF, polariza a Pandemia e cria um Pandemônio. Bolsonaro faz tudo isso em meio a uma crise sem tamanhos. A Única coisa que ele nao faz é trabalhar, ajudar. Ele fecha os olhos e não lida com a crise.

Que acidente na história eim Brasil?? Vai passar….

Renan Aversani

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3 Comentários
  1. […] invés de fazer sua obrigação de passo a passo buscar o “algo melhor”, jogam suas fichas em alguém que demonstra não corresponder a nada daquilo que prometeu, demonstrando essa incapacidade quase que diariamente através de atitudes que são noticiadas pela […]

  2. […] Ao se criar um comitê com diversos membros do núcleo econômico se espera ao menos uma distribuição melhor das verbas e uma política de subsidio econômico à sociedade, para evitar que micro e pequenas empresas quebrem e não consigam manter os empregos, visto que são os maiores empregadores no país, e dessa maneira diminuir os impactos da pandemia. Assuntos já demonstrados no Jornal […]

  3. […] e de serviço, que só dependem da presença física de sua clientela para operar. Guedes, não deixou à disposição das micro e pequenas empresas, dos trabalhadores e da população em ger…para manter a economia girando, ao contrário, insistiu em pautas liberais que retiraram direitos e […]

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