A Polícia Federal realizou hoje, quarta-feira (27), uma operação conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), expedida pelo ministro Alexandre de Moraes que conduz inquérito que apura financiamento e propagação de fake news, notícias falsas e ataques à democracia.
O ministro Alexandre de Moraes chamou de milícias digitais as organizações criminosas que querem coagir e descreditar a imprensa, atacar os poderes democráticos e financiar atos anti-democráticos e que criam conteúdos de ódio e fraudulentos, cometendo crimes. Os alvos das buscas e apreensões foram os financiadores dessa rede.
![Operação da PF contra as Fakenews, uma luz em meio à escuridão. Operação da PF contra as Fakenews, uma luz em meio à escuridão.](https://ojornalanalitico.com/wp-content/uploads/2020/05/images-225311108391886791793..jpg?w=540)
Todos os alvos são aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os alvos são apontados como financiadores da rede de propagação de fake news, notícias falsas e ataques ao STF. Entre os alvos são, o empresário Luciano Hang, amigo do presidente e dono da rede Havan, o ex-deputado Roberto Jefferson e líder nacional do PTB, os blogueiros Allan dos Santos do Terça Livre e Sara Winter, militante bolsonarista. Estão também no inquérito dois deputados estaduais e seis deputados federais, entre eles Carla Zambell (PSL-SP).
A PF cumpriu vinte e nove mandados de buscas e apreensão referentes à investigação no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.
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Veja a lista completa dos alvos de busca e apreensão da operação hoje:
- Luciano Hang (SC): empresário, dono da Havan, apoiou Bolsonaro durante a eleição de 2018 e segue aliado do presidente
- Roberto Jefferson (RJ): ex-deputado federal preso no Mensalão. Seu partido, o PTB, declarou apoio a Bolsonaro em 2018. Nas redes, tem defendido o presidente e criticado o STF, pedindo que Bolsonaro aposente compulsoriamente os ministros
- Allan dos Santos (DF): blogueiro e um dos fundadores do site “Terça Livre”
- Sara Winter (DF): blogueira. Em uma rede social, se define como “ativista pró-vida e pró-família, analista política e conferencista internacional”
- Winston Lima (DF): blogueiro, dono do canal no YouTube “Cafezinho com Pimenta”, onde transmite diariamente as falas de Bolsonaro na saída do Palácio do Alvorada. Promove manifestações de apoio ao presidente
- Edgard Corona (SP): empresário, dono das redes de academia SmartFit e BioRitmo (SP)
- Edson Pires Salomão (SP): assessor parlamentar do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP)
- Enzo Leonardo Suzi (SP): youtuber no canal no YouTube “Enzuh”
- Marcos Bellizia (SP): um dos líderes do movimento “Nas Ruas”
- Otavio Fakhoury (SP): Investidor do setor imobiliário, um dos fundadores da Aliança para o Brasil e colaborador do site “Crítica Nacional”
- Rafael Moreno (SP)
- Rodrigo Barbosa Ribeiro (SP): assessor parlamentar do deputado Douglas Garcia (PSL) e líder do “Movimento Conservador” em Araraquara
- Paulo Gonçalves Bezerra (RJ)
- Reynaldo Bianchi Júnior (RJ): humorista, músico e palestrante
- Bernardo Kuster (PR): em uma rede social, se define como diretor de opinião do jornal “Brasil Sem Medo”
- Eduardo Fabris Portella (PR)
- Marcelo Stachin (MT): nas redes sociais, é defensor de Bolsonaro e com frequência se manifesta contrário ao STF
O ministro Moraes determinou também que deputados deverão ser ouvidos no inquérito em até 10 dias. Eles não foram alvos de mandados nesta quarta. Veja a lista:
Deputados federais
- Bia Kicis (PSL-DF)
- Carla Zambelli (PSL-SP)
- Daniel Silveira (PSL-RJ)
- Filipe Barros (PSL-PR)
- Junio Amaral (PSL-MG)
- Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PSL-SP)
Deputados estaduais
- Douglas Garcia (PSL-SP)
- Gil Diniz (PSL-SP)
Importantíssimo o inquérito que investiga esses diversos cometimentos de crimes. Essas organizações criminosas devem ser combatidas, pois utilizam métodos e injeção de dinheiro que criam uma infraestrutura para tais ilícitos.
Liberdade de expressão não é utilizar mecanismos de algoritmos e robôs para viralizar e promover notícias falsas que caluniam e desinformam, protegem aliados e destroem reputações.
A desinformação deve ser combatida com Informação.
Renan Aversani
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