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E-commerce cresce 65,7% no Brasil com Pandemia

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Com a Pandemia, número de pedidos no e-commerce cresceu no Brasil e segue tendencia mundial, visto a nova realidade imposta pelo Coronavírus.

Por conta das medidas de isolamento social e com o fechamento do comércio tradicional nas capitais e na maioria das cidades no Brasil, os consumidores e as empresas tiveram que buscar novos meios para realizar compras e vendas. As empresas recorreram ao e-commerce para, pelo menos tentar, sobreviver.

e-commerce
ilustração – Academia do E-commerce

Modalidade é impulsionada pela Pandemia

No começo do ano, as estimativas da (ABComm), Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, em relação ao e-commerce no Brasil, eram de um crescimento de 18% no consumo através do e-commerce e uma movimentação de R$ 106 bi em 2020.

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Com o consumidor isolado em casa, a única maneira de consumo é pela internet, com cada vez mais comodidade, possibilidades e facilidades o mercado virtual cresceu e impulsionou os números varejista no país.

Houve um crescimento de 65,7% no número de pedidos, de 63,4 milhões de pedidos realizados em 2019 (no período) para 105,06 milhões.

Segundo a Compre & Confie, companhia de inteligência de mercado, entidade criada pelos maiores varejistas do país, o e-commerce brasileiro teve crescimento de faturamento em 56,8% neste ano e chega a R$ 41,92 bilhões nos cinco primeiros meses, comparado ao mesmo intervalo de tempo de 2019”.

Apesar da alta significativa na quantidade das transações, o valor médio gasto pelos consumidores em suas compras on-line, diminuiu. De acordo com o estudo, o tíquete médio dos pedidos foi de R$ 398,03 – valor 5,4% menor do que o registrado em 2019. Essa queda no valor do tíquete médio tem relação direta com a Pandemia do novo coronavírus.

Devido a dificuldade em realizar as compras essenciais em supermercados ou farmácias, a categoria de compras realizadas pela internet mudou, itens de necessidades básicas diminuíram o valor do tíquete médio.

 “A COVID-19 já provoca mudanças estruturais no hábito dos consumidores de varejo digital. Com as medidas de isolamento implantadas no fim do mês de março, cada vez mais pessoas optam por adquirir pela internet itens de necessidade básica, como produtos de supermercado ou de farmácia. Enquanto isso, itens de maior valor agregado, como eletrônicos, ficam em segundo plano. Essa conjuntura ajuda a explicar a queda do tíquete médio no período”

André Dias, diretor executivo do Compre&Confie

Outra característica no consumo online que demonstrou alterações, se observados períodos históricos anteriores, foi a redução do valor do frete nas entregas. Mesmo com o aumento significativo do número de compras, o preço médio do serviço de frete teve redução de aproximadamente 6% em relação ao mesmo período de 2019, totalizando R$ 21,06. 

Isso é resultado de promoções e operações de marketing realizadas por comerciantes para atrair o consumidor online. Reduzindo o valor do frete, o consumidor se sente mais atraído para realizar as compras através do e-commerce.

O público do e-commerce teve poucas mudanças

Em meio a tantas mudanças, o relatório também trouxe conclusões alinhadas às perspectivas mostradas nos trimestres anteriores, como:

  • A maior parte das compras realizadas em 2020 é realizada na região Sudeste (responsável por 66,6% dos pedidos);
  • As mulheres continuam sendo as que mais compram em quantidade no e-commerce, enquanto os homens fazem compras de maior valor financeiro. Um fator que explica esse resultado é preferência do público feminino por itens mais baratos na maior parte das compras como Moda e Acessórios ou Beleza e Perfumaria –, enquanto os pedidos realizados pelo público masculino se concentram principalmente em categorias como Eletrônicos e Telefonia, com preços mais elevados.
  • Os consumidores com 36 e 50 anos ainda são os principais consumidores do varejo digital. A idade média dos compradores permanece em 37 anos. 
  • Mesmo antes da crise atual, brasileiros já buscavam reduzir seu endividamento com as compras online. Ao todo, 67% das compras feitas no trimestre foram pagas à vista ou parceladas em no máximo três vezes.

As principais varejistas do e-commerce brasileiro

B2W Digital

A empresa é resultado da fusão de velhos conhecidos do mercado online: Submarino, Shoptime e Americanas.com. A B2W Digital opera como uma plataforma marketplace.

Via Varejo

Via Varejo é uma das principais empresas do comércio varejista, fazem parte do grupo as bandeiras Casas Bahia, Ponto Frio e Móveis Bartira. A Via Varejo ainda é responsável pela administração do Extra.com.br.

Magazine Luiza

A pioneira na criação do modelo de loja virtual é hoje um dos maiores e-commerces brasileiras. Da empresária Luiza Helena Trajano, a Magazine Luiza, que hoje é um dos principais players do comércio na internet, foi pioneira na criação do modelo de loja virtual. Em 1992, a empresa desenvolveu terminais multimídias em que os clientes podiam realizar as compras com a ajuda de vendedores

Grupo Netshoes

Além das lojas Netshoes, de venda de artigos esportivos, o grupo também é dono da Zattini, um e-commerce de moda.

Máquina de Vendas

Pouca gente conhece pelo nome, mas a Máquina de Vendas é dona das marcas Ricardo Eletro, varejista de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, e da Insinuante, que também comercializa eletrodomésticos, além de móveis.

Carrefour

O e-commerce Carrefour é, atualmente, um dos principais focos de atuação da empresa. Não à toa que, em 2018, venceu o Prêmio Ebit Melhores do E-commerce – No mesmo ano da pesquisa da (SBVC), Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, a rede faturou mais de R$ 1,7 bilhão.

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