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O uso da Comunicação e Propaganda como forma de animalização

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O uso da comunicação e propaganda por correntes políticas e ideológicas como forma de animalização.

Os meios de comunicação e propaganda moldam uma sociedade.

Análise sobre o papel da globalização e os novos meios de comunicação e propaganda em um mundo em que a falta da moral e as sombras de um passado não tão distante tomam forma e disseminam suas ideologias.

comunicação e propaganda

Graças a Globalização, a disseminação da ideia tornou-se simples e rápida, pois em um mundo sem fronteiras a informação é passada de maneira quase que instantânea. O estudo dos efeitos dos meios de comunicação e propaganda tem importância para a sociedade, uma vez que se compreende como estes meios trabalham na formação da opinião pública. A realidade social passa a ser representada por um cenário montado a partir dos meios de comunicação de massa.

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Um problema ou fenômeno que eu percebo atualmente é a utilização desses meios de comunicação e propaganda e sua fácil, rápida disseminação de “certas ideias” e ideais, que precisam como nunca antes de uma ciência para norteá-las: a ética.   

A ética é um excelente método de nortear se algo é certo ou errado. Desde Aristóteles, de Kant à Max Weber existem pontos em comum que definem a tal ética: uma prática social e cultural que rege o comportamento do indivíduo dentro de uma sociedade, um conjunto de valores que tem a moral como objeto.

No Jornalismo, assim como em toda sociedade e profissão existe um código de ética. E ela basicamente se resume na fidelidade aos fatos e a veracidade ao relatá-los e determina a conduta que o jornalista deve ter perante a sociedade.

No jornalismo existem dois gêneros: o informativo e o opinativo. O primeiro já se explica, o jornalista deve-se ater a narrar os fatos com exatidão, sem comentários ou juízo de valor. No opinativo a opinião deve ser colocada, mas não de forma personalista ou pessoal; não é o que o jornalista, pessoalmente, acha ou deixa de achar sobre determinado tema ou personagem, mas sim sua opinião apontada acerca de determinado assunto. Conseguiram distinguir as diferenças?

Mas após introduzi-los ao conceito ético e sua necessidade na sociedade, vamos voltar á comunicação e propaganda e seus protagonismos, mas não fugiremos dela.

Ao longo dos anos a comunicação, propaganda, a mídia e os meios de comunicação moldaram uma sociedade através dos comerciais, opiniões, frases de fáceis absorção e jargões repetidamente citados e os usuais hashtags, um fenômeno mais atual nos meios de comunicação através das redes sociais. Discutir a comunicação é pensar o papel dos meios de comunicação em sua origem. Para que serve o Jornalismo? De que a sociedade precisa para melhorar sua vida, ampliar seus horizontes e entender o que acontece? (pontos chaves)

 Precisamos de um jornalismo que interprete a realidade social, que traga subsídios para momentos de reflexão com informações confiáveis para gerar troca de opiniões fundamentadas. Tudo isso embasado na tal da ética que trouxe logo acima.

Agora eu tenho subsidio para englobar todos esses ingredientes (comunicação, meios de disseminação, propagandas, jornalismo e a ética) no debate central dos dias atuais: A ANIMALIZAÇÃO, A DESCONSTRUÇÃO DE FATOS, VERDADES PRÓPRIAS E SUA DISSEMINAÇÃO.

Pois bem, hoje a utilização das redes sociais e o marketing digital é a maneira que grupos conquistaram e enxergaram como a maneira mais fácil e rápida de disseminar seus ideais para uma sociedade que já vive dilemas e problemas éticos. Notícias falsas, invenções e acusações que visam o próprio interesse para animalizar um inimigo e talvez esconder a realidade, ou melhor ainda, desviar o foco da realidade. Desta maneira a repetida mentira se torna uma verdade, seguindo os preceitos da comunicação de massa, que molda o pensamento coletivo, cada vez menos pensante, convenhamos.

Ao ler esse parágrafo o que vem à sua mente, paralelo aos dias atuais? Fakenews e mensagens disseminadas em escalas industriais? A famosa imprensa marrom? Se sim, ambas são coirmãs que buscam desinformar, lançar meias verdades e caluniar a fim de criar boatos nas mídias sociais, WhatsApp, Facebook e afins… o Jornalismo profissional repudia e luta contra essas desinformações todos os dias.

No fim das contas o problema não está nos meios de comunicação ou na globalização com todo seu poder, mas sim no autoritarismo visto em ascensão mundo afora por políticas que não demonstram altruísmo, mas sempre o egoísmo e que ”nada se fará contra a miséria […] nunca apontarão o dedo para a peste que devasta a terra e suas próprias vidas” (parafraseando o texto: Cenários Alegóricos), mas se utilizarão dela para alcançar interesses próprios e usarão de maneira nefasta e enganosa a globalização e sua capacidade de alcançar as pessoas para isso.

O problema se soma a uma sociedade que sempre delega suas esperanças e obrigações á alguém, e no cenário Brasil em que estamos inseridos, a população ao invés de fazer sua obrigação de passo a passo buscar o “algo melhor”, jogam suas fichas em alguém que demonstra não corresponder a nada daquilo que prometeu, demonstrando essa incapacidade quase que diariamente através de atitudes que são noticiadas pela imprensa profissional.

O método e a maneira sórdida de que se utilizaram para chegar aonde chegaram é um fenômeno já visto antes em tempos nazifascistas: o uso da propaganda para animalizar o inimigo.

“O homem nasce livre e por todo lado ele está acorrentado, mesmo quem se crê senhor dos outros; esse é mais escravo do que eles.”

Rousseau /O contrato social

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Renan Aversani

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