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O 7 de Setembro dos tresloucados

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O feriado do 7 de Setembro foi marcado por manifestações antidemocráticas e por pautas golpistas. Bolsonaro comete crime de responsabilidade e cava o fim de seu governo.

No feriado de 7 de Setembro o Brasil parece ter vivido um dia fora da realidade. O presidente da República utilizou verbas públicas para incitar golpe e desobediência ao judiciário. Uma vergonha digna de impeachment, mas vivemos no Brasil que virou República de bananas.

Mais uma vez Bolsonaro atacou o sistema eleitoral e o Poder Judiciário. Gesto desesperado de quem vê na radicalização a única saída para a derrota e a prisão que se aproximam.

Muitos Juristas, parlamentares, partidos políticos e movimentos sociais foram contundentes contra as falas e atos do presidente da República no dia da independência. Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade. Além de seu péssimo governo, Bolsonaro parece ter se tresloucado da realidade e fora de si mergulhou na sua própria loucura.

Juristas afirmaram que o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao afrontar princípios constitucionais, como ao dizer que não vai cumprir decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Segundo os especialistas, os atos insuflados pelo presidente Jair Bolsonaro e as ameaças aos ministros do STF e ao Tribunal Superior Eleitoral afrontam diretamente a Constituição brasileira.

Os juristas destacaram o artigo 85 da Constituição: “São crimes de responsabilidade os atos do Presidente que atentem contra a Constituição e, especialmente, contra: o livre exercício do Poder Legislativo, do Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; o cumprimento das leis e das decisões judiciais.”

Discurso da loucura, da mentira e do crime.

Em seu discurso na Paulista, Bolsonaro afirmou que não vai mais cumprir as decisões de Moraes. Em sua fala, Bolsonaro voltou a atacar o sistema eleitoral brasileiro, outros integrantes do STF e governadores e prefeitos que tomaram medidas de combate ao coronavírus.

Bolsonaro manteve suas falas desconexas e recheadas de mentiras, afim de enganar sua claque, nada lúcida e tresloucada. Com um agravante, Bolsonaro cometeu mais um crime de responsabilidade – entre tantos outros – e a constituição é clara e possui seus remédios jurídicos contra tais crimes.

Bolsonaro ao colocar Alexandre de Moraes como demônio para seus seguidores demonstra sua verdadeira preocupação, pois Alexandre de Moraes conduz investigações que o atingem diretamente.

Alexandre de Moraes é responsável pelo inquérito que investiga o financiamento e organização de atos contra as instituições e a democracia e pelo qual já determinou prisões de aliados do presidente e de militantes bolsonaristas. Bolsonaro é alvo de cinco inquéritos no Supremo e no Tribunal Superior Eleitoral. Moraes vai ser presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo ano.

Na segunda (6), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Alexandre de Moraes determinou à Polícia Federal as prisões de envolvidos na organização de atos contra as instituições e a democracia, além de buscas e apreensões em endereços e bloqueio de contas bancárias. As decisões de Moraes atenderam a solicitações da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os pedidos de medidas cautelares foram assinados pela subprocuradora Lindôra Araújo.

A ressaca

Quem nunca abusou do álcool e no outro dia ficou com aquela dor de cabeça e efeitos colaterais no organismo, é péssimo não? Assim está o dia da ressaca moral e política do bolsonarismo.

Os fanáticos mobilizados por Jair Bolsonaro estão voltando para casa levando além do pagamento por terem ido aos atos – financiados por ruralistas- uma grande frustração. Afinal, para muitos, tudo deveria ter se resolvido na terça. Chegou a quarta e nada aconteceu. Ficaram com cara de ué.

Nesta quarta, é preciso que os acalorados bolsonaristas (na maioria idosos e saudosistas da ditadura) entendam: seu chefe está bem pior do que antes. Bolsonaro cavou a própria cova na politica e está mais isolado do que nunca.

Um alívio para o Brasil que não aguenta mais tanta incompetência e loucura. O Brasil distópico de Bolsonaro está no seu fim.

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