Ontem, sexta-feira(15), o então ministro da saúde Nelson Teich, pediu demissão do cargo há menos de um mês frente o ministério.
Nelson Teich assumiu o cargo após a demissão de Luiz Henrique Mandetta, que vinha fazendo um trabalho de conscientização da população pela importância do isolamento social e era controverso ao uso indiscriminado da Cloroquina, tão defendida por Bolsonaro.
Há menos de um mês no cargo, Teich que assumiu com a desconfiança de que seria apenas um fantoche de Bolsonaro e acataria a qualquer pedido do presidente em relação a sua caminhada anti-isolamento e pró Cloroquina, se viu em uma perigosa e inconsequente caminhada e escolheu sair.
“A vida é feita de escolhas e eu escolhi sair”
Nelson Teich
Teich não quis rasgar seu currículo de médico e toda sua carreira ao assinar um documento que regularizaria o uso indiscriminado da tal Cloroquina, que através de estudos científicos foi provada como ineficaz e ainda causadora de problemas cardíacos. Um artigo científico foi publicado em uma das maiores revistas de medicina a respeito da Cloroquina, caso ainda duvide dos fatos, a publicação está nesse link: https://www.bmj.com/content/369/bmj.m1849
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O estudo está em inglês e a tradução literal da conclusão do estudo é esta: Administração de Hidroxicloroquina não resultou em aumento da probabilidade de melhora significativa do que o tratamento padrão em pacientes com sintomas leves ou moderados de covid-19. Efeitos adversos foram maiores nos pacientes sob aplicação de hidroxicloroquina.
Novo ministro interino da saúde
Agora, Eduardo Pazuello é o novo ministro da saúde. Pazuello não é médico e não pode receitar nem se quer uma aspirina. Sem formação técnica em medicina, em sanitarismo, em nada!
Ele é apenas um militar que ocupa um cargo que necessariamente deveria ser técnico, indiferente da gravíssima crise em que vivemos. Ministério da saúde necessita de no mínimo um sanitarista, no mínimo.
O que Bolsonaro quer? O que seus contínuos atos levam a crer é que ele quer algum cúmplice que vá fazer suas vontades. Bolsonaro fala coisas desconexas, sem embasamentos técnicos e científicos, com subjetividades e achismos. Bolsonero, como vem sido chamado é guiado por suas ideologias insanas e sem cabimentos. Um genocida.

E agora??
Agora meu caro leitor, vamos viver um agravamento da Pandemia. Vamos viver um constante aumento em contágios e mortes com a interiorização do vírus no país, por omissão do Governo Federal.
O Governo Federal não sanciona a ajuda aos Estados e municípios e vive entrando em confronto com seus adversários políticos. Não dá estrutura e exemplo.
A população está de joelhos. Não há por parte de Governo Federal celeridade no pagamento do auxílio emergencial, o que dificulta ainda mais a situação econômica do país, não há uma política UNIFICADA e EFICAZ para subsidiar as empresas. O Governo não enxerga outras possibilidades no combate aos efeitos da Pandemia. Medidas utilizadas em diversos países e que estão trazendo resultados positivos, já possibilitando inclusive a abertura progressiva e programada do isolamento.
Seu plano, se é que pode ser chamado de plano, é único e exclusivo em reabrir o comércio e economia e jogar a população para o vírus, dar Cloroquina pra quem quiser e pronto. Pobre assim!
De maneira cega, pensa exclusivamente em se salvar para tentar a sorte em 2022.
Reflexo de um governo do salve-se quem puder, do descrédito, da lei da gravidade que só puxa pra baixo, vou me utilizar da metáfora mais usada por Bolsonaro: Sorte de quem pediu divórcio desse relacionamento abusivo.
Bolsonaro na presidência é um cachorro que caiu do caminhão da mudança, perdido e isolado. E como um cão late para todo lado e não faz nada, aliás, faz. Ele morde o próprio rabo.
Renan Aversani
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[…] as recorrentes demonstrações de ingerências, resultaram mais uma vez, em gastos do dinheiro público com a Cloroquina – O remédio sem […]