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Lockdown e restrições de circulação

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Hoje, segunda-feira (11), entrou em vigor na cidade de São Paulo um rodízio de veículos mais rigoroso que visa diminuir a circulação na cidade.

O rodízio regulamenta a circulação de veículos da seguinte maneira: dias pares, rodarão veículos com placas de finais pares e dias ímpares, placas de finais ímpares, englobando toda cidade de São Paulo e válido para às 24h do dia. Exceto profissionais das áreas essenciais que foram cadastradas no sistema da prefeitura, esses estarão isentos.

Foi motivo de muita discussão sua eficiência. Hoje a redução na circulação veicular foi notória, a Companhia de Engenharia de Tráfego registrou apenas 1km de trânsito, inimaginável em situações anteriores. Ponto positivo.

Porém, as pessoas recorreram ao transporte público, gerando aglomerações, óbvio.

“Ah é? Já que não posso ir de carro, vou de Ônibus, trem, metrô!”

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Compreensível para quem não teve permissão para ficar em casa por conta de seus patrões ou não consegue mais ficar sem ter renda, visto que o governo não agilizou o pagamento do auxílio emergencial e ainda demora para socorrer os Estados em meio á crise sanitária.

A Prefeitura e o Governo estadual não erram ao procurar meios de reduzir o fluxo de pessoas nas ruas, é necessário! Porém as medidas acabam tapando o sol com a peneira. A população encontra meios de sair, visto que não existe uma obrigatoriedade e fiscalização, além de que conscientizar é impossível quando o fanatismo político teima em aparecer nos debates. Tapa um buraco aqui e cria outro ali.

O Lockdown está a cada dia mais próximo em São Paulo, já que ninguém se conscientiza e como Uma gangorra perigosa, o isolamento meia boca eleva os números da Pandemia.

Lockdown e restrições de circulação
Imagem retirada do artigo de Ricardo Amorim no site administradores.com

No Rio, iniciou-se hoje o Lockdown em Niterói e São Gonçalo, o que causou um trânsito anormal para o período. Talvez questão de ajustes e tempo para adaptação, veremos.

Goiás, hoje tem a pior taxa de isolamento no país, apenas 37%. E estuda apertar novamente as regras de isolamento, visto o aumento dos casos da doença.

Enquanto isso, o Estado do Espírito Santo vai na contra mão em meio ao aumento de casos de Covid e começa a liberar de maneira gradual e alternada o comércio. Perigoso, principalmente após o episódio do shopping em Blumenau que ao reabrir elevou em três vezes o número de casos da Covid-19 em Santa Catarina e logo foi fechado.

Vão repetir o erro?

É clara a falta de uma Política Nacional e de um Governo Federal que atue em conjunto aos Estados para criar padrões e regras que visem o isolamento. No Brasil é cada um por si! Não temos um Governo. Aliás, o presidente quer abrir as pernas e aumentar a lista de serviços essenciais, uma maneira de contrariar os governadores. Um desserviço.

Salve-se quem puder!!!

Renan Aversani

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2 Comentários
  1. Emilly Xavier Diz

    Toda essa trama de tapar o sol com a peneira só mostra como o “jeitinho brasileiro” é preocupante. No momento em que estamos eu diria que é aterrorizante. Claro que tem pessoas que não tem como ficar em casa, que chegou no ponto de não ter renda e que precisa fazer algo pois não dá mais pra esperar uma resposta do governo. Por isso deveriam revisar as punições também para as empresas e patrões de serviços não essenciais, que obstinam em continuar com a circulação desses assalariados e os colocando em risco.

  2. […] conta das medidas de isolamento social e com o fechamento do comércio tradicional nas capitais e na maioria das cidades no Brasil, os […]

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