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Investimento estrangeiro no país despenca mais de 62% em 2020.

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Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil despencou 62% em 2020, mostram dados do Monitor de Tendências de Investimentos Globais, divulgados pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

O Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil despencou em 2020. A queda acentuada de 62% demonstra a fragilidade econômica, a ingerência da crise sanitária e os constantes retrocessos ambientais, além das disputas internas. Os dados foram divulgados nesta segunda feira (21), pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

No ano passado, os recursos estrangeiros investidos no Brasil somaram US$ 25 bilhões – o menor patamar em duas décadas, ‘drenado’ pelo desaparecimento de investimentos na extração de petróleo e gás natural, fornecimento de energia e serviços financeiros, segundo o relatório. Em 2019, o volume de investimentos havia ficado em US$ 65 bilhões.

Com a queda na arrecadação de investimentos, o Brasil também caiu no ranking dos países que mais recebem investimento estrangeiro direto: da 6ª posição em 2019, passou ao 11º lugar.

A postura e as ações do governo brasileiro afastaram investidores, como já noticiado em outras matérias aqui no jornal.

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Economias em desenvolvimento X desenvolvidas

“A queda foi bastante dirigida em direção às economias desenvolvidas, onde o IED caiu 58%”, apontou a Unctad. Nas economias em desenvolvimento, a queda foi mais moderada, de 8%, “principalmente por conta de fluxos resilientes na Ásia”.

Como resultado, as economias em desenvolvimento passaram a ser destino de dois terços do investimento estrangeiro global – em 2019, representavam pouco menos da metade.

Porém, mesmo com as economias em desenvolvimento sendo destino de dois terços dos investimentos, o Brasil se descolou dessa tendencia, demonstrando a desconfiança dos investidores com o país.

Entre o grupo das economias em desenvolvimento, o resultado no Brasil foi o pior. O Brasil apresentou um desempenho bastante negativo em relação aos demais países – mesmo em relação ao conjunto da América Latina e Caribe, que viu o fluxo recuar 45% em 2020. No mesmo período, os fluxos tiveram queda de 33% no Chile, 46% na Colômbia, e de 38% na Argentina.

Na África, a queda foi de 16%, enquanto que na Ásia o resultado foi totalmente oposto aos demais países em desenvolvimento; Os asiáticos viram um aumento de 4% nos investimentos

Investimento estrangeiro no país despenca mais de 62% em 2020.
Investimento estrangeiro direto – ranking 2020 — Foto: Economia G1

Dados do Banco Central

Em janeiro, o Banco Central do Brasil (BC) informou que os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 34,1 bilhões no ano passado, com queda de 50,6% em relação a 2019.

Foi o menor ingresso de investimentos diretos na economia brasileira desde 2009 (US$ 31,480 bilhões), ou seja, em 11 anos, e ocorreu em meio ao tombo do Produto Interno Bruto (PIB) e à tensão nos mercados, causada pela pandemia do novo coronavírus.

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