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Esperança no tratamento da Covid-19, Dexametasona reduz mortalidade.

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Ontem, terça -feira (16), foram anunciados resultados do estudo RECOVERY da Universidade de Oxford que mostraram que a administração do fármaco Dexametasona, esteroide barato e comum, pode ajudar a salvar os pacientes da Covid-19 em estado grave.

“Essa droga é um anti-inflamatório muito, muito poderoso. Pode resgatar pacientes que estão em condição muito grave, quando os pulmões e o sistema cardiovascular estão muito inflamados. Ela permite, talvez, que os pacientes consigam oxigenar o sangue em um período muito crítico, ao rapidamente reduzir a inflamação em um período muito crítico da doença”

Diretor de Emergências da OMS, Michael Ryan.

A administração médica da Dexametasona demonstrou, após estudos preliminares randomizados em pacientes graves da Covid-19 e que necessitavam de respiradores mecânicos, a diminuição na taxa de mortalidade em cerca de um terço dos pacientes internados em estado grave.

“Não é um tratamento para o vírus em si. Não é uma prevenção. Na verdade, esteroides, principalmente esteroides poderosos, podem ser associados à replicação viral. Em outras palavras, eles podem facilitar a divisão e a replicação do vírus”.

Michael Ryan.
dexametasona

Dia histórico para a medicina no combate ao Covid-19.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que vai atualizar as orientações sobre o tratamento de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus. A medida reflete os resultados de um teste clínico recente, o Recovery, que mostrou que a Dexametasona pode ajudar a salvar vidas.

As orientações clínicas da OMS para tratar os infectados são voltadas a médicos e outros profissionais da saúde. A Organização Mundial da Saúde busca utilizar os dados mais recentes do estudo de Oxford para informar a categoria médica sobre a melhor maneira de lidar com todas as fases da doença, do processo de triagem até a alta.

“Esse é o primeiro tratamento mostrado que reduz a mortalidade de pacientes com Covid-19 que precisam de oxigênio ou de ventilador pulmonar”

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um comunicado na noite de terça-feira

Vale ressaltar que, embora os resultados dos estudos clínicos com a Dexametasona sejam preliminares, os pesquisadores envolvidos no projeto disseram que os dados indicam que o medicamento deve tornar-se padrão no tratamento de pacientes em estado grave que respiram por meio de ventiladores pulmonares.

Repercussão na Associação Médica Brasileira

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou nota destacando os resultados do estudo Recovery da Universidade de Oxford com o medicamento dexametasona que mostraram efeitos positivos no tratamento da covid-19, segundo Agência Brasil.

Esperança no tratamento da Covid-19, Dexametasona reduz mortalidade.
Nota da Sociedade Brasileira de Infectologia, filiada da Associação Médica Brasileira

Cloroquina encalhada!

Os EUA tem 66 milhões de doses de Hidroxicloroquina encalhadas. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), órgão equivalente à Anvisa no país, revogou a autorização para uso emergencial dos medicamentos hidroxicloroquina e cloroquina para o tratamento de casos do novo coronavírus.

Isso virou motivo de impasse político, pois assim como no Brasil, Donald Trump insistiu no uso do medicamento que não possui eficácia alguma no tratamento da Covid. No dia 05 de Junho, o estudo Recovery ratificou a ineficácia da Hidroxicloroquina.

A Organização Mundial de Saúde anunciou, nesta quarta-feira (17), que vai suspender, pela segunda vez, os ensaios clínicos com hidroxicloroquina contra a Covid-19. Segundo a entidade, as evidências científicas apontam que a substância não reduz a mortalidade em pacientes internados com a doença.

Enquanto isso, no país de Jair, já conhecido como Brasil…

Aqui, as recorrentes demonstrações de ingerências, resultaram mais uma vez, em gastos do dinheiro público com a CloroquinaO remédio sem eficácia e sem nenhuma comprovação científica a favor de sua administração clínica contra a Covid-19.

Em um país que enfrenta uma pandemia sem ministro da saúde, pode tudo, inclusive enviar 4,3 milhões de comprimidos de Cloroquina aos estados.

O Ministério da Saúde já encaminhou cerca de 4,3 milhões de comprimidos de Cloroquina 150 mg, para todos os estados do país, inclusive para aqueles que decidiram não utilizar o medicamento no tratamento contra a doença.

Considerado o epicentro da pandemia, São Paulo recebeu a maior parte, 986 mil comprimidos. Na sequência estão o Pará, o Distrito Federal e o Paraná.

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