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Nível de CO2 bate recorde e parte da Amazônia vira emissora

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A concentração de CO2 bate recorde em 2020 e Amazônia inverte seu papel transformando-se em emissora. Confira.

A concentração de dióxido de carbono (CO2), principal gás responsável pelo efeito estufa, atingiu novo recorde em 2020, mesmo com a redução de emissões na pandemia, alerta a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

As concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera atingiram um novo recorde em 2020, alcançando a marca de 413,2 ppm (partes por milhão).

Em 2015, a quantidade de CO2 na atmosfera ultrapassou a marca de 400 ppm. Apenas 5 anos depois, o total superou 413 ppm.

Os dados são de um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

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A agência da ONU espera mostrar que os países devem tomar medidas urgentemente contra o aquecimento global.

Segundo o documento a concentração de dióxido de carbono (CO2) atingiu 413,2 partes por milhão em 2020 e é de 149% do nível pré-industrial. O metano (CH4) é 262% e o óxido nitroso (N2O) é 123% dos níveis em 1750, quando as atividades humanas começaram a perturbar o equilíbrio natural da Terra.

O relatório também prevê que, ao fim de 2021, os níveis de CO2 na atmosfera devem superar o recorde de 2020.

Às vésperas da Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP-26), a OMM também aponta que graças aos constantes recordes de desmatamento partes da Amazônia deixaram de absorver e se tornaram emissoras de gás carbônico, o que traz riscos ao planeta.

Amazônia

A agência dá um exemplo de transição de parte da Amazônia de um local de absorção de carbono para se tornar uma fonte de carbono.

O dióxido de carbono é o gás de efeito estufa mais importante na atmosfera, sendo responsável por aproximadamente 66% do efeito de aquecimento no clima, principalmente devido à combustão de combustíveis fósseis e à produção de cimento.

De acordo com a OMM, “regiões tropicais como a Amazônia desempenham um papel importante no equilíbrio global de carbono”. “A Amazônia abriga a maior floresta tropical da Terra, mas, como em outras regiões tropicais, possui apenas algumas das observações in situ necessárias para determinar os fluxos de carbono em larga escala”, diz.

A região sudeste da floresta tem as maiores emissões de CO2 para a atmosfera, seguida pela região nordeste. Em contraste, os locais ocidentais indicam um balanço de carbono quase neutro ou de absorção.

De acordo com a agência, a coleta de dados “indica que as áreas mais afetadas pelo uso da terra e pela mudança de cobertura mostram emissões mais elevadas de carbono para a atmosfera”.

“As regiões do leste da Amazônia têm fortes aumentos de temperatura na estação seca, diminuição da precipitação e grande desmatamento histórico durante os últimos 40 anos, enquanto as regiões ocidentais experimentam níveis relativamente baixos de perturbação humana e tendência climática na estação seca”, destaca.

COP26

O boletim da OMM foi publicado poucos dias antes da COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que ocorrerá de 31 de outubro a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia.

No evento, líderes de 196 países discutirão o futuro do clima no planeta. A expectativa é que eles negociem ações para limitar as mudanças climáticas e seus efeitos

O que pensa o jornal?

Já passou da hora da humanidade tomar atitudes ao que se refere a saúde do planeta

Estudos já indicam que atingiremos pontos de inflexão em alguns locais se nada for feito para tentar diminuir as emissões de gases prejudiciais.

Na Antártica, porções de massas congeladas do tamanho da Escócia e da Inglaterra podem em algum momento entrar em colapso no oceano, devido ao aquecimento global.

As mudanças climáticas e o desmatamento também fizeram grande parte da região amazônica deixar de absorver CO2 e passasse a emiti-lo.

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A COP26 será de suma importância para organizar uma reação global. Os países devem levar a sério o relatório e agir.

Sistemas industriais, de energia e transporte e todo o modo de vida da humanidade devem ser repensados.

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