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Brasil sai de lista das 10 maiores economias mundiais

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Brasil sai de lista das 10 maiores economias do mundo. PIB tem tombo de 4,1% em 2020, registrando a maior contração desde o início da série histórica, iniciada em 1996.

Brasil sai de lista das 10 maiores economias do mundo e cai para 12ª posição no ranking, segundo levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating. Com tombo de 4,1% em 2020 e com perspectiva de piora para o ano de 2021, a previsão é de a queda seja maior em ranking de 2021 e Brasil caia para 14ª colocação.

Brasil sai de lista
Divulgação Austin Rating

O levantamento mostra ainda que o resultado do PIB do Brasil em 2020 ficou na 21ª colocação num comparativo entre as 50 maiores economias do mundo. Os maiores tombos foram registrados pelo Peru (-11,1%), Espanha (-11%) e Reino Unido (-9,9%). Da lista, apenas 3 países tiveram crescimento na comparação com 2019: Taiwan (3,1%), China (2%) e Turquia (1,6%).

Em 2011, o País era a sétima maior economia do mundo, posição que ocupou até 2014. Quando veio a recessão de 2015 e 2016, o Brasil perdeu duas posições nesse ranking, passando para o oitavo lugar em 2017 e para o nono, nos dois últimos anos.

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Cair em rankings e avaliações é péssimo, mas além da queda na qualidade de vida da população, nas condições sociais do país e no aumento dos níveis de pobreza, a falta de rumo para o Brasil é trágico e sombrio.

Seria diferente, claro, se a economia brasileira viesse num ritmo pujante (como mentiu Paulo Guedes em certa ocasião), e tivesse apenas sido abatida pela pandemia. Nesse caso, seria um tropeço numa trajetória virtuosa; Estamos muito longe disso.

Nos últimos dez anos, o crescimento brasileiro foi sofrível, incluindo as quedas de 3,55% em 2015 e de 3,31% em 2016, início da crise econômica. Depois disso, foram três anos de crescimento em torno de 1%, patéticos, culminando agora com mais uma queda significativa. O Brasil teve mais uma década perdida – e cada década perdida são gerações perdidas e retrocessos sociais.

Com a queda de Dilma e a chegada de Michel Temer, a aposta dos empresários e do mercado financeiro era que essa mudança seria aprofundada com o governo Jair Bolsonaro e o tal do Paulo Guedes com sua pregação liberal. Ilusão e estelionato eleitoral, já que dois anos depois, pouco sobrou do discurso liberal.

A lista de gente que foi para o governo acreditando nesse caminho liberal e que já pularam fora do Titanic que é o governo Bolsonaro é grande (Salim Mattar, Paulo Uebel, entre outros). Alguns outros foram tirados pelas irracionalidades e desarranjos de Bolsonaro (Joaquim Levy, do BNDES; e Roberto Castello Branco, da Petrobrás).

O recente episódio da Petrobrás, aliás, jogou a pá de cal em qualquer esperança em quem um dia acreditou nessa mentira da orientação liberal do governo Bolsonaro na economia. Pressionado pela alta de preços ( muito por sua incompetência) a saída do presidente foi pelo caminho do populismo, puro e simples.

Bolsonaro, autoritário como sempre, trocou o comandante da empresa por um que seguisse suas ordens, assim como fez com a Saúde do país – que hoje é motivo para acusação de genocídio. Não por acaso, cinco conselheiros da Petrobrás, entre eles ex-presidentes de grandes empresas, pediram para deixar o conselho.

Por falar em Saúde: “um manda e outro obedece”, foi assim que Pazuello classificou sua serventia ao Brasil; que mata como moscas sua população a cada dia que passa. Já são quase 260 mil brasileiro mortos pela Pandemia e pela incapacidade e dolo de seu presidente.

O problema dessa lógica do quem manda e quem obedece é que quem manda não sabe nem o que está fazendo ali e quem obedece não tem vergonha. Bolsonaro é um político e um presidente com “p” minúsculo, coitado do “p”.

O que Bolsonaro mira é apenas a sua reeleição e a salvação de sua família que está mergulhada em investigações de corrupção, que ele tanto disse odiar; Tsc, tsc, tsc.

Os próximos passos do governo serão de medidas de curto prazo, paliativas e sem crédito algum. Muito pouco, sofrível para um país que precisa de um plano de longo prazo, de um projeto de desenvolvimento e de alguém que o abrace, de verdade.

Estamos à deriva.

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